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IPO: oferta pública primária

Atualizado: 16 de ago. de 2021


A princípio, um IPO significa que a propriedade de uma empresa está mudando de privada, limitada a um grupo específico de pessoas, para pública, com diversos acionistas.


Muitas pessoas enxergam nos IPOs uma grande oportunidade de ganhar dinheiro e gerar retornos atraentes, mas é preciso entender que os IPOs são investimentos que podem ser arriscados, proporcionando retornos que podem ser inconsistentes no longo prazo.


Antes de investir, é importante entender como o processo de negociação desses títulos difere da negociação de ações ordinárias, juntamente com os riscos e regras.


Neste artigo, entenda o que é um IPO, como funciona e quais as vantagens de se comprar ações através dele.


O que é IPO?


IPO (Initial Public Offering), é uma sigla criada para Oferta Pública Inicial (ou OPI) e como o próprio nome já diz, é a primeira vez que os proprietários de uma empresa, que tem o capital fechado, anunciam parte de suas ações a público, ou seja, essa ação passa a ser listada na bolsa de valores.


Além do IPO, outros tipos de ofertas públicas podem ser realizadas pelas empresas, como:


- Ações

- Debêntures

- CRIs

- CRAs


Ações - É através do lançamento de ações que as empresas se capitalizam, quando o dinheiro dos novos acionistas entram na companhia que emitiu os papéis. A partir disso, as negociações dos ativos em bolsa de valores se dá através do público geral, com os papéis trocando de mão em mão entre compradores e vendedores.


Então, quando você compra uma ação na bolsa, o dinheiro vai para a pessoa que lhe vendeu e não para a empresa à qual aquele papel pertence.


Existem, basicamente, duas maneiras de realizar essa oferta de ações: primária e secundária.


Oferta primária e secundária


As duas ofertas divergem na origem dos papéis e no destino dos recursos levantados.


No caso das ofertas primárias, elas representam a venda de novas ações emitidas pelas companhias no mercado, e os recursos arrecadados vão para os caixas da empresa para expansão dos negócios.


Já as ofertas secundárias, são uma venda de ações que já existiam e os recursos vão para os proprietários ou sócios, que vendem os papéis para diminuir a participação no negócio, ou seja, não aumentam o capital da empresa.


Por que empresas fazem IPO?


Assim como em qualquer outra oferta pública, o principal motivo é captar recursos para financiar suas operações, investimentos e expansões.


No processo de crescimento de uma empresa, ela vai precisar de recursos para investir em melhorias estruturais, financeiras ou de caixa. Em muitos casos, para ela captar esses recursos existem duas maneiras - pegar dinheiro emprestado e não precisar dividir os lucros, mas pagar juros ou fazer IPO.


Quando uma empresa faz um IPO, ela vende um pedaço da sua sociedade - algumas de suas ações - e capta recursos para pagar dívidas ou gerar crescimento, tendo que dividir parte dos lucros dessa sociedade.


Vantagens e desvantagens de um IPO


Quando uma empresa passa a captar recursos com um IPO para reinvestir no seu negócio, é um momento muito importante. Significa que ela deve ter se tornado bem sucedida e mais bem planejada para exigir muito mais capital e continuar crescendo.


As empresas acabam vendendo uma grande porcentagem das suas ações, chegando a lucrar milhões no dia em que se tornam públicas. São vários os possíveis destinos deste lucro, desde a própria expansão do negócio a novos produtos e serviços.


Algumas empresas, além prometerem um alto retorno para os primeiros executivos na abertura de capital, ainda oferecem a divisão de lucros, o que possibilita ao investidor que compra essas ações receber parte do lucro, aumentando seu capital. São os chamados Dividendos.


Por mais que o IPO tenha suas vantagens, como em todo investimento, conhecer as desvantagens e riscos é importante para evitar prejuízo.


Quem tem interesse em investir nas ofertas públicas, precisa conhecer bem a empresa que deseja investir e verificar se a companhia tem condições de apresentar bons resultados a longo prazo e possuir um perfil que suporte os riscos.


Boa parte das desvantagens está relacionada ao custo e à burocracia para realizar o processo, que é complexo e exige um bom planejamento com o apoio de profissionais familiarizados com o mercado financeiro.


Também é obrigatório, para qualquer IPO, realizar um processo de validação na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O que faz com que as informações sobre o negócio e seus proprietários estejam disponíveis ao público.


Como funciona?


A partir do momento que uma empresa decide se tornar de capital aberto, ela deve deixar de ser uma companhia limitada e transferir-se para uma sociedade anônima, além de garantir a devida regularização em todo o processo.


Até chegar no IPO o processo pode ser demorado e levar alguns anos para sair do papel. Uma boa opção para as empresas é contratar assessores financeiros para poder realizar um intenso processo de planejamento.


Cada IPO tem seu processo de forma única, se tornando algo mais complexo e minucioso, também para cada empresa, que podem diferir no tipo de negócio e nas regras e riscos inerentes de cada setor.


Algumas etapas de planejamento de um IPO:


  • Roadshow: são as reuniões de apresentação realizadas pelas instituições financeiras que assessoram as operações para o mercado, com o objetivo de despertar o interesse de grandes investidores e possíveis futuros sócios;


  • Registro: é necessário realizar registro de companhia aberta junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).


  • Prospecto: um documento que apresenta as informações essenciais para que o investidor entenda a companhia que está abrindo o capital;


  • Bookbuilding: mecanismo que considera a quantidade de ações e a que valor os investidores institucionais indicaram e querem comprar para estabelecer o preço a que os papéis serão efetivamente lançados.



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