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Investimentos: as mulheres na história do mercado financeiro

Atualizado: 16 de ago. de 2021


O debate sobre o papel da mulher na sociedade vem se tornando cada vez mais latente e profundo, desse modo, também se faz necessário trazer a pauta para o mercado financeiro.


É verdade que as mulheres estão mais presentes e também passaram a escalar mais alto na hierarquia das instituições, mas o retrato geral do ambiente mostra que o caminho a ser percorrido ainda é bastante longo. Como prova disso, entre os profissionais brasileiros certificados, as mulheres ainda são minoria. No CFA Institute, considerado um dos exames de maior dificuldade, apenas 10% dos aprovados são do sexo feminino.


No Tesouro Direto, por exemplo, o número de investidores cadastrados no programa aumentou nove vezes do fim de 2015 para o fim de 2019. No entanto, a participação feminina cresceu apenas de 22,4% para 31,4% da base. Já na Bolsa, a parcela de mulheres ficou praticamente estagnada no patamar dos 23% entre os mesmos anos.


Os números sinalizam, mas não contam a história completa. Diversos estudos já mostraram que, em algumas dimensões, homens e mulheres se encontram em posições diferentes e uma questão bastante influente na decisão de investimentos é a de confiança. Olhando para estatísticas financeiras mais agressivas, vemos muito mais predominância masculina investindo em ativos de alto risco e também realizando muito mais negociações, devido ao excesso de confiança. O que não necessariamente se torna um ponto negativo para as mulheres, visto que as carteiras femininas se mostraram com melhores retornos.

Outro ponto que merece destaque é a renda de cada um. Quanto mais se ganha, maior é a disponibilidade para investimentos, contudo é documentado um grande gap de salários existente entre homens e mulheres. Por isso, esse é um assunto que merece debate social, para que a diferença de gênero na área financeira seja reduzida consideravelmente. De tal forma, o tema requer atenção necessária para a construção de oportunidades de educação e trabalho.

É inegável que as mulheres conquistam cada vez mais espaço no mercado, ganham autonomia e alcançam objetivos de equidade de gênero. Mas é indiscutível o fato de que, em diversas questões, o mercado deixa a desejar quando o assunto é atingir uma realidade ideal para ambos, onde a população feminina terá mais conhecimento, confiança e voz na sociedade e também no mercado financeiro.


Fontes:


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